Paraquedas
Muito antes da invenção
do avião, Leonardo Da Vinci já pensava em maneiras de cair suavemente de
grandes alturas. O equipamento é semelhante ao paraquedas atual, só que em
formato de pirâmide. A ideia de Da Vinci foi aprimorada e ganhou grande
utilidade séculos depois, principalmente a partir da Segunda Guerra Mundial.
O modelo original foi
testado 500 anos depois de ser criado, em 25 de junho de 2000, pelo britânico
Adrian Nicholas. Desafiando as previsões de especialistas de que não iria
funcionar, Nicholas construiu o paraquedas idêntico ao de Da Vinci e lançou-se
ao ar sobre a África do Sul em uma bem-sucedida aventura.
"Leonardo percebeu
que um objeto cônico como o paraquedas, dependendo da sua medida, poderia
diminuir a velocidade da queda de um objeto. Isso porque o ar, mesmo intocável,
oferece resistência. E se a superfície em questão fosse suficientemente grande,
poderia parar a queda de um homem", explica Luca Paolo, historiador.
Tanque de
guerra
Com formato similar ao
de um disco voador, o tanque de Da Vinci seria um veículo de guerra equipado
com canhões carregados pela culatra e que atingiam um ângulo de 360°.
A cobertura convexa destinava-se
a desviar do fogo inimigo. O veículo tinha capacidade para até oito pessoas.
Quatro séculos mais tarde, serviria de modelo para a criação do tanque blindado
usado durante a Primeira Guerra Mundial.
"Mesmo sem ter sido
construído, pode-se perceber que era uma máquina bélica de enorme poder de
fogo, com cobertura para todos integrantes", completa o historiador Luca
Paolo.
Robot tamborilador
Basicamente é um robot
articulado que vem com um tambor acoplado à cintura. A intenção que o robot
seguisse os soldados para terrenos militares.
O robot precisava de um
veículo - uma carruagem ou coche puxada por cavalos - para fazer com que as
engrenagens internas se movimentassem, fazendo com que ele tocasse o tambor.
"Anos de pesquisa
nos levaram a esse robot, o primeiro robot da história construído por Leonardo.
Os desenhos da construção estavam desaparecidos. Através de esboços espalhados
em anotações, conseguimos recuperar o sistema para reconstruí-lo", afirma
o historiador Luca Paolo.
Fato de mergulho
Uma das obsessões de
Leonardo Da Vinci era o mar e, é claro, a submersão. Seus aparelhos para
mergulho eram de couro, conectados a um snorkel(mascara de mergulho) feito de
cana e um cinto que flutuava na superfície.
O traje era fácil de vestir
e incluía um saco no qual o mergulhador poderia urinar. "Trata-se de um
sistema de mergulhador com dois canos feitos de pele animal pelos quais o ar
desce e sobe através de uma bomba manobrada da terra firme. Seria utilizado
para ataques surpresa debaixo d água. Ele chegou também a desenhar um submarino
acionado pela força humana e movido através de engrenagens", conta o
historiador Luca Paolo.
Asa-delta
Desde pequeno, Leonardo
Da Vinci era obcecado por encontrar um jeito de voar. Chegou a desenhar várias
máquinas voadoras, mas a asa-delta planadora é a mais famosa.
Bastante similar ao
modelo que se conhece hoje, o artefato consiste em uma grande asa capaz de
planar, na qual o piloto vai acoplado na parte de baixo, por meio de cordas e
presilhas. Essa foi mais uma invenção testada posteriormente.
Furadora
Da Vinci desenvolveu uma
série de invenções para escavação horizontal e vertical. Essa perfuradora foi
idealizada com o foco em instalação de tubulações subterrâneas e foi
aperfeiçoada ao longo dos anos, pois inicialmente era incapaz de romper raízes
muito grossas.
"Durante boa parte
de sua vida, Leonardo trabalhou em locais equivalentes às oficinas metalúrgicas
ou mecânicas de hoje, fazendo dispositivos, como garras, grandes parafusos e
roscas sem fim", afirma Gildo Magalhães, professor de História e Ciência
da Universidade de São Paulo (USP).
O aparato seria acionado
por um sistema de roldanas. Ao movimentar a corda lateral da perfuradora, a
broca da parte inferior passaria a girar, perfurando o chão, troncos ou raízes.
A invenção também era usada para fins militares. "Ele inventou algumas
máquinas de guerra. As furadeiras e perfuradoras serviam para auxiliar na
elaboração desse maquinaria - que, na época, era feito basicamente de
madeira", destaca Magalhães.
Maquina
para andar na água
Esse curioso artefato
dava esperanças ao sonho humano de caminhar sobre a água. Por meio de duas
serras hidráulicas (semelhante a pequenas pranchas de esqui) e dois bastões com
círculos nas extremidades, o artefato funcionaria com o movimento de fricção
entre a prancha e a água - a roda na parte inferior da prancha estaria em
contato com água, fazendo com que o indivíduo "deslizasse" sobre a
mesma.
As hastes nas mãos
serviriam para dar equilíbrio e direcionar as pranchas. "Era um sistema
simples para a travessia de rios e lagoas e demonstra, mais uma vez, a
preocupação de Leonardo com os momentos de grandes enchentes, pois o
equipamento era destinado a essas situações", ressalta o historiador Luca
Paolo.
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